Deputada federal e artista, Jandira estreia na literatura com obra que analisa o papel da cultura na disputa por justiça social, democracia e soberania

O que acontece quando colocamos a cultura no centro da política? Essa é a provocação que guia Cultura é Poder – Reflexões sobre o papel da Cultura no processo emancipatório brasileiro, livro de estreia da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Lançada pela editora Oficina Raquel, a obra será apresentada ao público nesta segunda-feira (2), às 19h, na Livraria da Travessa, em Ipanema, Rio de Janeiro. O livro também será lançado em Recife, Salvador, Brasília e Niterói.

Mesclando reflexões teóricas e experiência prática, Jandira constrói uma abordagem crítica da política cultural brasileira, propondo a cultura como uma força estruturante na reconstrução do país. A autora articula sua vivência como musicista, gestora pública e parlamentar comunista com o pensamento de intelectuais como Celso Furtado, Darcy Ribeiro, Néstor García Canclini, Ynaê Lopes dos Santos e Eric Hobsbawm.

“Quero que o leitor possa observar em que universo político-ideológico eu busco referências para formular políticas públicas, estruturar leis e construir uma visão crítica da práxis cultural brasileira”, afirma Jandira, relatora da Lei Aldir Blanc — considerada a maior política cultural da história do Brasil.

Com prefácio da ministra da Cultura, Margareth Menezes, o livro defende que a cultura não pode ser tratada como mero entretenimento ou setor econômico isolado, mas como campo transversal, vinculado à saúde, educação, economia, meio ambiente e democracia.

“Foi pensando dessa forma que Jandira se tornou uma defensora incansável da cultura brasileira, articuladora tenaz e parceira de todas as horas”, escreve a ministra.

Contra a guerra cultural e a exclusão histórica

Cultura é Poder também enfrenta diretamente a guerra cultural promovida pela extrema direita nos últimos anos. Jandira denuncia o avanço conservador sobre o setor e analisa como a cultura foi tratada como ameaça por forças autoritárias que tentam impor homogeneidade identitária e censura moral.

A publicação dedica atenção especial à valorização das expressões culturais periféricas, negras, indígenas e populares, historicamente marginalizadas pelas estruturas oficiais. “A cultura é um campo de disputa simbólica que pode mobilizar consciências e transformar o país”, defende.

O dramaturgo e poeta Geraldo Carneiro, imortal da Academia Brasileira de Letras, assina a orelha do livro e celebra o reconhecimento da força de grandes orixás femininas. “Jandira destaca o presente e a memória de grandes orixás femininas da nossa cultura, como Elza Soares, Leci Brandão, Beth Carvalho, Conceição Evaristo e Carolina Maria de Jesus, figuras fundamentais para a construção de um futuro mais justo, diverso e inclusivo.” Escreve o poeta.

Cultura como ferramenta de emancipação

A proposta central da obra é reposicionar a cultura como motor de emancipação social e fortalecimento econômico. Jandira revisita a formação cultural do Brasil e aponta como políticas públicas inclusivas podem preservar memórias, gerar emprego, ampliar cidadania e promover justiça social.

Sobre a autora
Jandira Feghali é médica cardiopediatra, baterista, mãe de Helena e Thomaz. Exerce seu oitavo mandato como deputada federal pelo Rio de Janeiro (PCdoB-RJ). Foi secretária de Cultura da cidade do Rio de Janeiro (2009–2010) e secretária de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói (2006–2007). É atualmente mestranda em Direitos Humanos, Interculturalidade e Desenvolvimento pela Universidade Pablo de Olavide e pela Universidade Internacional da Andaluzia (Espanha).

Serviço:
Livro: Cultura é Poder – Reflexões sobre o papel da Cultura no processo emancipatório brasileiro
Autora: Jandira Feghali
Editora: Oficina Raquel
Páginas: 204
Preço: R$ 72

Vendas online: Amazon

Agenda de lançamentos – Cultura é Poder
• 02 de junho – Rio de Janeiro (RJ)
Livraria da Travessa – Ipanema, às 19h
R. Visconde de Pirajá, 572 – Ipanema
• 05 de junho – Recife (PE)
Livraria do Jardim, às 19h
Av. Manoel Borba, 292 – Boa Vista
• 06 de junho – Salvador (BA)

Livraria LDM – Itaigara, às 19h
Rua Rubens Guelli, 135 – Itaigara
• 09 de junho – Niterói (RJ)
Livraria da Travessa – Icaraí, às 19h
Rua Dr. Tavares de Macedo, 240 – Icaraí
• 10 de junho – Brasília (DF)
Livraria Circulares – Asa Norte, às 19h
CLN 113, Bloco A, Loja 7
• 13 de junho – Bienal do Livro Rio (RJ)
Estande da Secretaria Municipal de Cultura, às 14h
Riocentro – Av. Salvador Allende, 6555 – Barra da Tijuca